"Felicidade é a certeza de que a vida não se está passando inutilmente."
'

A vida de uma bailarina - Parte I

Quando a gente pára para olhar para trás, um vendaval de lembranças esbarra por nossa face.
Todo ser humano tem bons momentos, maus, e também passam por momentos únicos, sem qualquer forma de se distinguir.
Tenho apenas desesseis anos, estou começando a firmar uma personalidade que levarei para o resto da minha maturidade.
Estou vivendo as experiências que mais marcarão, as experiências que mais sentirei saudades quando tiver cinquenta anos e reclamar que não consigo mais fazer um grand ecart (espaguete).
Mas hoje, aos meus desesseis, tenho lembranças de quando tinha apenas 3, ou 4 anos (tá, não sou um elefante!). Eu praticamente implorava a minha mãe para me matricular no ballet. Eu nem poderia imaginar o que era REALMETE o ballet! Não imaginava o esforço, a dedicação, a disciplina, a pontualidade, a força de vontade, a superação e outras milhares de coisas, que uma bailarina precisa ter. Eu só sabia subir na ponta dos pés e girar até cair. E foi assim até meus oito anos, quando minha mãe cumpriu a promessa (sim, ela me enrolou durante 4 ou 5 anos! :o ).
Tenho MUITO a aprender com minhas professoras, com a vida, e é impressionante como a gente vai aprendendo com quem sabe uma imensidão a mais do que nós, e não fazemos idéia do quanto ainda teremos que aprender. Realmente não faço idéia, mas sei que não é pouco!
No dia 27 de Outubro de 2001, fui fazer a minha primeira aula (daqui a 6 dias completo 8 anos de Ballet õ/). Meu coração batia na garganta, de vergonha, de medo, de mais vergonha, de mais medo e de felicidade, o que só fui saber que estava sentindo, muito tempo depois.
As professoras me receberam com um sorriso no rosto, mas nem isso tirou muito a minha timidez, o que graças a dança, perdi MUITO. O que me deixou mais tranquila, é que muitas das alunas que faziam as aulas de ballet, estudavam na escola comigo. Tudo estava correndo bem, até que uma das professoras (Regina) me pede para sentar e esticar o joelho. "Porque ela quer que eu sente e estique os joelhos meu Deus?", pensei. Bom, não fazia a menor idéia que uma bailarina tem que ter os joelhos rigidamente esticados, então como ela pediu, eu os estiquei com toda a força que tinha no meu corpo magrelo e esquisitinho, a ponto de quase dar cãimbra nas minhas panturrilhas. Ela apenas sorriu e me pediu para levantar, e eu, levantei e até hoje não sei se estiquei os joelhos direito, não me lembro, mas gostaria MUITO de saber!
E o tempo foi passando, eu fui me enturmando, fazendo novas amizades, comecei a perder a timidez, a me acostumar com as professoras e a gostar cada vez mais da dança.
Todo final de ano, as professoras montam um espetáculo, como já comentei com vocês. No ano de 2001, foi o ballet Coppélia, e eu iria participar. Tinha apenas dois meses de ballet, estava apavorada e com muito medo, até que no dia 20 de Dezembro de 2001 eu pisei pela primeira vez em um palco. Eu mal poderia imaginar que a última coisa que sentiria em cima do palco do Teatro Municipal de Cabo Frio, naquele dia, era medo.



7 dizeres:

Tamires disse...

Nossa, que lindo!
Você escreve muito bem, parabéns!
Essa história é sua, ou você a criou?
Beijos, e parabéns mais uma vez!
(Espero que prossiga com a história!)
;*

Vivi disse...

A história é minha Tamires!
E vou prosseguir sim, essa foi apenas a primeira parte!
Obrigada pelos elogios!
Beijão!

- Lara Alvez disse...

Lindo liindo ~* Parabéns pelos oito anos ;D
Bjo =*

Letícia Monteiro (♪) disse...

Liindoo deemaiis !
Ameeii !
Jáa fiz ballet e sei dos ''medos'' que você fala , enfrentei e perdi vários.GraçaasaDeuus

Beeijos

Vivi disse...

Obrigada, gente =D

Mia disse...

Lindo o seu blog!
Também já fiz balé, mas não gotei muito, aí sai e entrei no jazz, que faço até hoje!
Beijos

Unknown disse...

Quee lindo Viivi, escreveeu muitoo beem :))
Seu blog tá liindo .. aamei !
Paraabéns amoor, beeijos !